Fiona Apple lança seu primeiro disco e estréia cheia de personalidade. Calcando seu som na voz (doce e expressiva), nas letras (confessionais), nos instrumentos acústicos (gravados belissimamente) e nas batidas, ora tradicionais (com certo tom jazzístico), ora "modernas" (fazendo uso de sequências eletrônicas), mostra determinação e maturidade tamanhas que devem ter causado inveja a muitos artistas "consagrados" da época.
O álbum abre com a soturna e densa
Sleep to Dream ("
So don't forget what I told you, don't come around, I got my own hell to raise"). Excelente porta de entrada no universo musical de Apple. Em
Shadowboxer, Fiona parte pra algo que acaba sendo sua marca registrada: clima
bluesy, temperado com pitadas generosas de melancolia, sutilezas no arranjo e letras danadas ("
So I'm a shadowboxer, baby, I wanna be ready for what you do. I been swinging around at nothin, I don't know when you're gonna make your move").
Por fim, destaco a faixa que é a cereja desse bolo:
Criminal mostra uma faceta vigorosa da moça, sapecando um groove pesado e, claro, proferindo frases malandras como "
I've got to make a play to make my lover stay. So, what would an angel say? Cause the devil wants to know".
Como se trata de uma artista com poucos lançamentos (o excelente segundo disco, "
When the pawn", de 1999, e o terceiro, "
Extraordinary Machine", de 2005), é fácil (e pouco custoso) cobrir a discografia toda dessa talentosa cantora/pianista/compositora.
Músicas citadas no post:
Pra ouvir à noite.
Boa dica, *. Vou conferir.
ResponderExcluirAté mais!