terça-feira, 13 de outubro de 2009

Living Colour - Vivid (1988)


Em homenagem ao show que farão na próxima sexta-feira, dia 16 de Outubro, no Circo Voador (Rio de Janeiro), passaremos a semana papeando sobre a discografia do Living Colour, sempre com um disquinho por dia.


Esses caras foram descobertos pelo Mick Jagger durante uns shows feitos no famoso pub novaiorquino CBGB's, ainda em 1987. Nesse mesmo ano foram levados para abrir vários shows dos Stones (é mole??) e em 88 partiram pro estúdio. Mandaram brasa então com o primeiro disco, sobre o qual tratarão as próximas linhas.


Com o lançamento de Vivid todos recebemos (perplexos) uma banda que continha/contém elementos até então jamais vistos em um mesmo grupo que tivesse atingido o mainstream: quatro negões tocando pra cacete (isso não é novidade pra ninguém), mas fazendo um rock pesado (com influências de punk+rap+Rn'B+heavy-metal+blues+ritmos latinos e o escambau), com críticas ácidas por todos os lados em tons positivistas. E mais: tudo isso temperado por abordagens de temas delicados como questões igualitárias/humanitárias/antipreconceito de maneira sincera, sem cisma e diversificada.


O Living Colour tem esse jeitão Bad Brains (banda do final da década 70, com características semelhantes às listadas acima) mas dessa vez a galera atingiu expressão no showbiz mundial e emplacou várias canções nos TOP's da vida. O álbum apresenta os caras com o petardo Cult of Personality. O ouvinte é levado por um riff animalesco de introdução (e aquele tradicional timbre comprimidaço do Vernon Reid), levada cavalar e letra marcante. Veja só uma partezinha:


Look into my eyes, what do you see?
The cult of personality.
I know your anger, I know your dreams.
I've been everything you want to be.
I'm the cult of personality.
Like Mussolini and Kennedy.
I'm the cult of personality.


E felizmente não pararam por aí. Bombas como Open Letter To a Landlord (com um dos começos de música/refrãos mais belos da história!), Funny Vibe ("No, I'm not gonna rob you, No, I'm not gonna beat you, No, I'm not gonna rape you. So why you want to give me that funny Vibe!") e What's Your Favorite Color? (grooooove!!) sacramentam de vez o Living Colour na história do rock a partir do final dos 80.


Músicas citadas:

Pra ouvir dia sim, dia também.

Até amanhã!

Nenhum comentário:

Postar um comentário