segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Incubus - Make Yourself (1999)


Opa!


Tarefa complicada essa de definir o som desses caras...


Apesar da linguagem ser rock, é evidente a preocupação com a escolha dos timbres, a forma com que as canções são construídas e, talvez a grande marca que imprimem em sua arte, a criação dos climas. Vale lembrar que tais características são encontradas em todos os seus álbuns.


Make Yourself é o terceiro disco da banda e o considero um marco na história do Incubus. Apesar de não abandonarem os momentos pesados e funkeados dos dois primeiros trabalhos, apresentam-nos algumas baladas muito bonitas e caprichadas (confira I Miss You) e mostram uma evidente evolução na questão das melodias. Tudo aqui soa mais maduro.


Ao iniciar a Nowhere Fast, aqueles que não curtem som pesado podem pensar que estou louco (como sugerir algo assim??). Mas quem consegue aguardar a introdução (curta e, de fato, cheia de guitarra) é brindado(a) com uma levada drum n' bass marota (mandada na batera com propriedade pelo excelente José Pasillas), acompanhada por uma melodia surpreendente (grudenta mas, ainda assim, nada óbvia) e um DJ que não se limita a intervenções rítmicas, mandando brasa com pick-up's, samples e um mini-moog show de bola.


Drive aparece na segunda metade do álbum e cativa dos adolescentes até suas vovós por ser direta e possuir aquela coisa radiofônica que os grandes hits sempre têm. Como se não bastasse, é rica em timbres nada usuais mostrando uma coragem impressionante dos caras em arriscar tanto numa canção que poderia ser encaradas como o "porto seguro" do disco, comercialmente falando. Mas eles arriscam. E se dão bem. Ser "pop" e "chamar bom" é isso aí.

Músicas citadas no post:
Pra ouvir hoje, assim que chegar de volta do trabalho.

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